Lygia Bojunga deu visibilidade à nossa literatura infantojuvenil, em 1982, quando conquistou a medalha Hans Christian Andersen, considerado o Nobel dessa categoria. Leitora de Lobato desde a infância, ela tem, como ele, domínio da linguagem coloquial, o olhar crítico sobre a realidade e o trânsito fácil para a fantasia. Além disso, a autora é mestra no uso de imagens simbólicas, o que dá a seus textos uma profundidade que garante sua permanência no tempo e que estende seu apelo a leitores de qualquer idade. Estas características são destrinchadas neste livro, em que Maria Luiza Bretas ressalta outra peculiaridade da autora: seus personagens vão progressivamente amadurecendo de livro a livro, no mesmo compasso das tramas e temas, que também vão se tornando cada vez mais complexos. As obras editadas de 1972 a 1999 são agrupadas pela autora em “tempos”: tempo da fantasia, da angústia, da memória. Essa abordagem abre uma nova forma de ler a obra de Lygia Bojunga evidenciando seus meandros de significados e elucidando ainda mais sua qualidade estética.
Especificações | |
Autor(a) | Maria Luiza Batista Bretas |
Número de Páginas | 112 |