Desde Vida de homens ilustres, do romano Plutarco, a biografia é um gênero que vem seduzindo leitores. Em séculos passados, a vida de santos e de mÃsticos sedimentava a fé dos cristãos. Desvinculadas de um viés religioso, também circulavam biografias de cientistas, pensadores e artistas, personalidades marcantes nas mais variadas áreas. O protagonismo social, cientÃfico ou artÃstico é a marca dos biografados: Ghandi e Leonardo da Vinci, por exemplo, têm diversas e alentadas biografias. Também os polÃticos têm merecido lugar de destaque neste gênero. Recentemente, no Brasil, saiu extensa biografia de Getúlio Vargas e, no cenário internacional, a de Winston Churchill. Agregando-se a esse elenco de personalidades públicas, no âmbito regional, temos agora Iris Rezende – de lÃder estudantil a governador. Trata-se da biografia de Cileide Alves sobre parte da trajetória polÃtica e pessoal do mais emblemático homem público de Goiás. Mas, afinal, qual é o apelo das biografi as? Que sentido tem inteirarmo-nos da vida de pessoas que talvez nem conheçamos, distantes, quem sabe, no tempo e no espaço? Ocorre que a vida de um homem não pertence só a ele, pertence a seu tempo e à sociedade que o formou. Ler sua história é compartilhar a memória coletiva que ele representa e na qual se insere. Além disso, lendo sobre a vida de um lÃder, o leitor pode encontrar um exemplo, um parâmetro, um modelo a seguir. Ou, ainda, pode conhecer um pouco mais de si mesmo.