Este livro analisa o padrão predominantemente observado em obras da Série Vaga-Lume, da Editora Ática, premiadas pela Fundação Nacional do livro Infantil e Juvenil, e em algumas finalistas do Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, concursos de grande seletividade.
A análise revela que várias dessas obras apresentam uma narrativa bastante presa aos padrões tradicionais, que tomam a literatura infantojuvenil como algo que deve, ao mesmo tempo, divertir e formar. Algumas poucas narrativas desse universo operam uma maior experimentação artística, se bem que nem sempre abrindo mão totalmente do veio pedagógico. A presença ou não de traços estético-literários nessas obras tem sido objeto de discussão entre os teóricos da área. Mas não parece fazer parte do rol de preocupações das escolas, que se atêm mesmo à indicação de livros capazes de desenvolver o gosto pela leitura. Se de quebra puderem estimular o processo de amadurecimento psicológico dos jovens leitores, melhor ainda.