“Maria Grampinho”, que dormia no porão da casa da poetisa Cora Coralina e, durante o dia, perambulava pelas ruas e pelos becos da Cidade de Goiás, hoje “patrimônio cultural da humanidade”, é a personagem principal dessa obra. Com seus muitos grampos no cabelo e inúmeros botões pregados nas várias saias, e sua enorme trouxa na cabeça, Maria Grampinho se destacava entre as várias figuras populares da cidade. Tomando como foco esta figura, a autora produz uma narrativa repleta de parlendas regionais, de alusões às ruas cobertas de pedras, às festas tradicionais, aos costumes que existiam (alguns ainda existem) na primeira capital de Goiás. Em sintonia com o espírito do texto, a ilustração destaca com maestria não só a composição da personagem, mas também os principais monumentos históricos da cidade, a singularidade de sua arquitetura colonial, com ruas estreitas e becos cobertos de pedras centenárias. Os leitores da história (crianças da primeira fase do ensino fundamental), ao final da narrativa sabem que na trouxa de Maria cabia muita coisa. Todavia, ainda lhes resta a tarefa de responder a pergunta: “O que teria na trouxa de Maria?”
Especificações | |
Autor(a) | Diane Valdez |
Número de Páginas | 32 |