Este livro tem um propósito imediato: manter vivas as perspectivas de solidariedade construídas pelos professores ao longo dos três meses da greve das universidades federais no ano de 2012. Os impasses políticos dos professores em greve configuraram--se não apenas contra a intransigência pueril e burocrática da não negociação dos gestores-tecnocratas do governo petista de Dilma Roussef; os professores tiveram que lutar também contra outra afronta política mais grave – o peleguismo sindical do PROIFES –, e ao seu final, tiveram ainda que lutar contra a inércia do ANDES-SN. Nesta greve percebeu-se de forma contundente a ação institucional dos gestores, ex-sindicalistas de “esquerda” como ministros de Estado, em luta contra os professores em greve; sindicalistas de “esquerda” defendendo renhidamente através dos sindicatos (especialmente o PROIFES) primeiro a não realização, depois o fim imediato da greve dos professores. Uma colossal estrutura político-partidária-sindical de “esquerda” foi organizada contra os professores em greve, num cenário político extraordinariamente complexo.
Fóruns de professores e novas direções sindicais devem ser no futuro a permanente expressão conquistada pelas práticas de solidariedade desenvolvidas no dia a dia da greve. É o que os capítulos do livro discutem e defendem: a necessidade de consolidar essa condição e de trilhar caminhos de inovação na luta dos professores.
Especificações | |
Autor(a) | João Alberto |
Número de Páginas | 108 |