Amar é sofrer? Por que nos apaixonamos? Quais são os mecanismos psíquicos envolvidos neste processo? A ligação com o ser amado precisa obrigatoriamente construir uma história de sofrimento? É possível usufruir do amor sem se ver governado pelo medo da perda? Como amar sem se perder de si mesmo? É possível uma saída que não seja o sofrimento dos amores que acabam, que aprisionam, ou que viram uma farsa? Será que você tem um corpo para chamar de seu, ou vive dependendo do olhar do outro, da aceitação do outro? De onde vem a dependência que passamos a ter da presença, da aprovação, da atenção do ser amado?
Tentando responder a essas questões, Luciene Godoy, psicanalista de formação lacaniana, trata do apaixonamento segundo a leitura da psicanálise, apresentando um diálogo com o leitor que, embora rigoroso na sua sustentação teórica, consegue uma clareza e uma espontaneidade que encantam qualquer leitor não especializado. É das dores da pessoa comum em seus relacionamentos, é do seu sofrimento e das formas de superação que trata este livro. Na abordagem, as reflexões desenvolvidas dizem claramente que “só separados e unificados poderemos ter corpo, imagem e significado que são nossos. Só separados poderemos verdadeiramente ficar juntos.”